Julia Viana
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
As muitas etapas de testes, dinâmicas, atividades e entrevistas dos programas de trainee exigem preparo, paciência e persistência dos candidatos. Depois de conquistar a tão sonhada vaga, parece impensável abandonar o programa por qualquer motivo, certo? Errado. Há casos de trainees que optam por um caminho diferente ao entrar em contato com a realidade das empresas.
Assim que concluiu a graduação em Administração de Empresas na FGV, o principal objetivo de Helena Wagner Porto Rocha, 29 anos, era ser aprovada em um programa de trainee. Ela se candidatou a vários, chegou à etapa final de alguns e foi aprovada nos processos do Walmart, da Cargill e da Editora Abril.
Helena optou pela Editora e ainda estava participando da fase de job rotation, quando resolveu deixar a empresa. “Pedi demissão, pois fui aprovada no MBA da Robert H. Smith School of Business, na University of Maryland, nos Estados Unidos”, conta.
De acordo com Sandra Cabral, gerente de desenvolvimento do Grupo DMRH, abandonar um plano, desde que por motivos sólidos, não é um bicho de sete cabeças. “Não há problema em sair do trainee, contanto que seja uma escolha pensada. A carreira está na sua mão, depende de como você prepara sua bagagem para segui-la”, explica a consultora.
Apesar de ter mudado de ideia, para Helena, o tempo investido no trainee não foi desperdiçado. “Minha experiência foi extremamente enriquecedora, porém senti falta de alguns elementos e percebi que meus objetivos de carreira não seriam alcançados, então saí”, ressalta.
Atual gerente de projetos da consultoria "Working Excellence", em Washington DC, ela conta que se sente feliz com a escolha feita. “Não me sinto frustrada por ter desistido, afinal segui algo que também seria muito bom para a minha carreira.”
Caminho trilhado – De acordo com a consultora da DMRH, é ideal que as reflexões sobre o futuro profissional do trainee não aconteçam durante o programa, mas antes que ele embarque na jornada. “Apesar de o jovem entrar no mundo organizacional mais amparado, o nível de exigência como trainee é grande e ele precisa analisar se é mesmo esse o seu desejo”, explica a consultora.
Sandra também destaca a necessidade de reconhecer as diferenças entre as empresas, para escolher onde prestar o trainee. “É fundamental saber qual estrutura de desenvolvimento é possível ter naquela empresa e como será o processo”, comenta.
Porém, apesar de prestar atenção em todas as informações da consultora, no meio do programa pode surgir outra oportunidade interessante e aí não adianta entrar em pânico. “Você terá que fazer uma escolha e ela implicará numa renúncia”, afirma Sandra. Numa situação dessas, a dica é avaliar o que causará o menor impacto, para não sair perdendo.
“Acho que vale a pena ser transparente e defender seus próprios interesses, mas sem perder o foco no respeito e no comprometimento assumido com a empresa”, afirma Helena. A administradora conseguiu deixar as portas abertas com os gerentes das áreas em que atuou e com a equipe de RH da Editora Abril. “Eles apoiaram a minha decisão sem resistência e enfatizaram que seria bem-vinda, caso quisesse voltar”, conclui.
Assim que concluiu a graduação em Administração de Empresas na FGV, o principal objetivo de Helena Wagner Porto Rocha, 29 anos, era ser aprovada em um programa de trainee. Ela se candidatou a vários, chegou à etapa final de alguns e foi aprovada nos processos do Walmart, da Cargill e da Editora Abril.
Helena optou pela Editora e ainda estava participando da fase de job rotation, quando resolveu deixar a empresa. “Pedi demissão, pois fui aprovada no MBA da Robert H. Smith School of Business, na University of Maryland, nos Estados Unidos”, conta.
De acordo com Sandra Cabral, gerente de desenvolvimento do Grupo DMRH, abandonar um plano, desde que por motivos sólidos, não é um bicho de sete cabeças. “Não há problema em sair do trainee, contanto que seja uma escolha pensada. A carreira está na sua mão, depende de como você prepara sua bagagem para segui-la”, explica a consultora.
Apesar de ter mudado de ideia, para Helena, o tempo investido no trainee não foi desperdiçado. “Minha experiência foi extremamente enriquecedora, porém senti falta de alguns elementos e percebi que meus objetivos de carreira não seriam alcançados, então saí”, ressalta.
Atual gerente de projetos da consultoria "Working Excellence", em Washington DC, ela conta que se sente feliz com a escolha feita. “Não me sinto frustrada por ter desistido, afinal segui algo que também seria muito bom para a minha carreira.”
Caminho trilhado – De acordo com a consultora da DMRH, é ideal que as reflexões sobre o futuro profissional do trainee não aconteçam durante o programa, mas antes que ele embarque na jornada. “Apesar de o jovem entrar no mundo organizacional mais amparado, o nível de exigência como trainee é grande e ele precisa analisar se é mesmo esse o seu desejo”, explica a consultora.
Sandra também destaca a necessidade de reconhecer as diferenças entre as empresas, para escolher onde prestar o trainee. “É fundamental saber qual estrutura de desenvolvimento é possível ter naquela empresa e como será o processo”, comenta.
Porém, apesar de prestar atenção em todas as informações da consultora, no meio do programa pode surgir outra oportunidade interessante e aí não adianta entrar em pânico. “Você terá que fazer uma escolha e ela implicará numa renúncia”, afirma Sandra. Numa situação dessas, a dica é avaliar o que causará o menor impacto, para não sair perdendo.
“Acho que vale a pena ser transparente e defender seus próprios interesses, mas sem perder o foco no respeito e no comprometimento assumido com a empresa”, afirma Helena. A administradora conseguiu deixar as portas abertas com os gerentes das áreas em que atuou e com a equipe de RH da Editora Abril. “Eles apoiaram a minha decisão sem resistência e enfatizaram que seria bem-vinda, caso quisesse voltar”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe e compartilhe seus conhecimentos, deixando seu comentário abaixo!