por Marina Gaspar *
Com a proximidade do dia dos namorados, o amor está no ar. Mas, no ambiente de trabalho, o relacionamento afetivo ainda gera controvérsias. Por mais que, por lei, as empresas não possam proibir o namoro entre funcionários, o fato é que 56% das companhias não permitem tal ligação, sob a justificativa de que as tomadas de decisões e a produtividade podem ser prejudicadas. O dado é de uma pesquisa da Trabalhando.com, empresa especializada em recrutamento, que ouviu 300 pessoas de 30 empresas. O índice, embora pareça alto, mostra uma abertura em relação às políticas aplicadas no passado e reflete, principalmente, que quem namora com colega de trabalho precisa ter bom senso para não prejudicar a carreira.
“Para se relacionar no ambiente de trabalho, as pessoas precisam estar maduras e prontas para o fato de que o relacionamento pode não dar certo e elas terão de conviver”, explica Célia Leão, especialista em comportamento e etiqueta corporativa. Ela lembra que as empresas exigem cada vez mais de seus funcionários e a alta carga de trabalho faz com que as pessoas permaneçam mais no ambiente corporativo e convivam ainda mais intensamente. “As pessoas passam a maior parte do tempo no trabalho. É natural que se interessem por quem está próximo”, diz.
Discrição é fundamental
A pesquisa indica alta aceitação dos profissionais quanto ao envolvimento com colegas de trabalho: 32% já o fizeram e outros 22% afirmam não ter restrição a tal envolvimento. Para esses casos, a receita de Célia é sempre optar pela discrição. “O relacionamento pessoal jamais pode interferir no dia a dia do trabalho”. Uma dica para os apaixonados é não cair na tentação de se isolar, pois a interação com os outros colegas pode ficar prejudicada, o que tende a afetar o resultado de projetos conduzidos em equipe. Na hora do almoço, o cuidado também deve existir. “Não há nenhum problema em almoçar junto ou segurar a mão, caso o relacionamento não seja mantido em segredo. Mas, sábio é quem sabe dosar”, ensina. Agarramentos e beijos estão fora de questão. Conversas românticas e o uso dos equipamentos da empresa para comunicação afetiva também não pegam bem.
Também é necessário atenção às confidências feitas aos colegas. “Ninguém precisa saber da sua vida sexual e roupa suja se lava em casa. Em casos de briga, ninguém deve falar mal do outro no ambiente de trabalho. Discrição sempre pega bem”. Nada impede, no entanto, que o casal assuma o relacionamento. “Se a empresa permitir o namoro, pode-se chegar e sair junto do trabalho, por exemplo”. Vale lembrar: por mais que a empresa não possa, por lei, proibir o namoro, é importante ficar de olho no regimento interno e no manual de boas práticas da companhia para saber o que é ou não tolerado internamente.
Nos casos que envolvem uma relação de subordinação ou os namorados trabalhem na mesma área, a situação é um pouco mais complicada. “O ideal é, ao ver que o relacionamento é sério, conversar com o superior sobre a possibilidade de um dos dois mudar de departamento”, diz Célia. O perigo não está só nos efeitos sobre a relação de trabalho, mas também sobre a vida conjugal. “Um assunto pode acabar se estendendo até em casa”. A especialista garante: com a dose certa de bom senso, tudo se ajeita. Para os mais precavidos, fica sempre a opção de trocar de emprego.
*colaborou Lucas Toyama
FONTE: http://www.canalrh.com.br/Mundos/gestaocarreira_artigo.asp?ace_news=%7b5C70951B-27BE-4608-9500-FD09E14D4B2D%7d&o=%7b1B6824BB-2BD6-47F4-B702-9E769C8EF424%7d&sp=DQ4?1x5D5.RKWNF6Pp7J./MT13KO:yO.VFP
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