Abertura de vagas nessa faixa salarial foi muito afetada em 2009, quando a crise econômica mundial atingiu o Brasil. Porém, a economia aquecida tem forçado as empresas a criarem mais postos ou reabrirem os que foram fechados
GISELETAMAMAR
gisele.tamamar@grupoestado.com.br
O mercado de trabalho paulistano voltou a ficar aquecido para
quem ganha entre R$ 3.815 e R$8.175 – ou de sete a 15 salários mí-
nimos. Só no primeiro semestre foram criadas 2.190 vagas de empregos nessa faixa salarial, o que
representa 1,74% do total de novos postos comcarteira assinada.
Pode parecer pouco, mas o cenário é mais animador do que os primeiros semestres dos dois
anos anteriores na capital. Em 2009, ano em que a crise financeira mundial chegou ao Brasil, essa
faixasalarialregistrousaldonegativode5.497vagas.Noanoseguinte, o mercado se recuperou, mas
esse segmento só contabilizou a abertura de 55 postos de trabalho.
Trabalhadores que ganham de 7 a 15 mínimos têm uma característica em comum: qualificação
Os empregos nessa faixa de remuneração incluem profissionais com ensino técnico a graduados e pós-graduados, que trabalhamemcargos técnicos e vão até o primeiro nível de gerência.
Para Denize Lara Kállas,consultoradoInstitutoGutemberg,especializado em aconselhamento de
carreiras, os números mostram um amadurecimento do mercado com a demanda de profissionais mais qualificados. Prova disso é que a ofertade empregosparaprofissionaiscommenor remuneração e menor nível
de exigência neste ano registrou números inferiores a 2010. Enquanto as vagas até dois salários
mínimos representaram 96,93% dos novos empregos no ano passado, em 2011 a representatividade
caiu para 90,68%.Emnúmerosabsolutos, a queda foi de 133.866 postos para 113.896.
Deacordocomodiretor deeducação da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Luiz
Edmundo Rosa, a faixa salarial de sete a 15 salários mínimos tem uma característica: qualificação.
GISELETAMAMAR
gisele.tamamar@grupoestado.com.br
O mercado de trabalho paulistano voltou a ficar aquecido para
quem ganha entre R$ 3.815 e R$8.175 – ou de sete a 15 salários mí-
nimos. Só no primeiro semestre foram criadas 2.190 vagas de empregos nessa faixa salarial, o que
representa 1,74% do total de novos postos comcarteira assinada.
Pode parecer pouco, mas o cenário é mais animador do que os primeiros semestres dos dois
anos anteriores na capital. Em 2009, ano em que a crise financeira mundial chegou ao Brasil, essa
faixasalarialregistrousaldonegativode5.497vagas.Noanoseguinte, o mercado se recuperou, mas
esse segmento só contabilizou a abertura de 55 postos de trabalho.
Trabalhadores que ganham de 7 a 15 mínimos têm uma característica em comum: qualificação
Os empregos nessa faixa de remuneração incluem profissionais com ensino técnico a graduados e pós-graduados, que trabalhamemcargos técnicos e vão até o primeiro nível de gerência.
Para Denize Lara Kállas,consultoradoInstitutoGutemberg,especializado em aconselhamento de
carreiras, os números mostram um amadurecimento do mercado com a demanda de profissionais mais qualificados. Prova disso é que a ofertade empregosparaprofissionaiscommenor remuneração e menor nível
de exigência neste ano registrou números inferiores a 2010. Enquanto as vagas até dois salários
mínimos representaram 96,93% dos novos empregos no ano passado, em 2011 a representatividade
caiu para 90,68%.Emnúmerosabsolutos, a queda foi de 133.866 postos para 113.896.
Deacordocomodiretor deeducação da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Luiz
Edmundo Rosa, a faixa salarial de sete a 15 salários mínimos tem uma característica: qualificação.
""O Brasil temuma
demanda por
profissionais mais
qualificados e
a tendência é que
isso se acentue”
LUIZ EDMUNDO ROSA,
DIRETOR DA ABRH
“O Brasil tem uma demanda por profissionais mais qualificados e a tendência é que isso se acentue
cada vez mais”, diz o especialista.
Segundo o executivo, todos os setores têm buscado bons profissionais, desde a indústria que deseja funcionários aptos a operarem novas máquinas importadas até o setor de serviços,no ramo de
hotelaria, por exemplo. Depois de sentir os reflexos da crise mundial em 2009, os profissionais da faixa salarial citada devem encontrar um maior número de oportunidades neste segundo
semestre, segundo o diretor executivodaRicardo Xavier Recursos Humanos,Marshal Raffa.Isso porque o Brasil está cada vez mais globalizado e necessita de trabalhadores cada vez mais capacitados
comdestaquepara asáreasde tecnologia, financeira, recursos humanos, marketing, comercial, turismo e hotelaria.
A percepção de Raquel Schauff, de28 anos,é a mesma dosespecialistas: mercado de trabalho aquecidopara essa faixa salarial.Nocomeçodoano,a trabalhadora aceitou uma proposta para trocar de empresa e passou de coordenadora de marketing de varejo a gerente pleno de varejo, cujo salário é 40% maior do que o anterior.
Schauff lembra que no ano da crise muitas empresas cortaram funcionários com salários mais altos e os substituíram por pessoal com menor remuneração, sendo que em alguns casos, cargos foram extintos.“Hoje o mercado voltou a crescer e vagas que deixaramde existir estão sendo reabertas”, diz.
Para quem pretende aproveitar o momento para conseguir um emprego ou ganhar mais, a dica
dos especialistas é investir na formação. “É importante ter um conhecimentoamplo,mas é preciso
dominar uma matéria para ter um diferencial ante os outros”, diz Denize. Outro ponto importante é aliar formação com relacionamento, ou seja, o profissional deve saber se comportar e trabalhar em grupo.
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