Um diploma de graduação já não é mais garantia de espaço no mercado de trabalho. Em busca de um reforço a mais no currículo, profissionais continuam os estudos cursando MBA fora do país
Por Tifany Rodio, www.economiasc.com.br
É o caso de Patricia Lumy, que acaba de chegar a Berkeley, EUA, para estudar Gerenciamento de Negócios Internacionais durante quatro meses. Em meio a um leque enorme de países como opção de destino, Patricia considerou o renome da Instituição para escolher a Universidade da Califórnia, além de achar que os EUA são o melhor lugar para quem quer aprender sobre negócios.
"A queda do dólar favoreceu minha decisão, pois o valor dos programas no Brasil x EUA se equipararam", lembra Patricia, que é formada em turismo.
Esse é o local preferido dos brasileiros para fazer um MBA, segundo o gerente de Higher Education da agência de intercâmbio STB, Bruno Seixas. Para ele, a grande procura se deve justamente à divulgação do país como um destino de negócios.
Na agência Friends in the World, a tradição e a qualidade de suas Instituições fazem com que a Inglaterra também seja muito popular, ao lado dos EUA. Na opinião do sócio-diretor Felipe Trigo, as escolas dos dois países ainda são as melhores do mundo.
Os cursos favoritos são os da área de gestão, como finanças e marketing. Também se destacam os que envolvem Engenharia e Direito.
Cada vez mais pessoas investem na sua educação com o MBA no estrangeiro. Na STB, o número de estudantes que embarcaram em 2010 foi 40% maior que em 2009.
Para quem está pensando em viajar, prepare o seu bolso. Uma temporada de até dois anos no exterior, duração que costumam ter os cursos de gestão nos EUA, gira em torno de trinta mil dólares, considerando somente o MBA.
Uma opção mais em conta é o Canadá, onde o período de estudo também na área de gestão é mais curto, em torno de um ano, e pode custar 12 mil dólares.
Custo x benefício compensa
Apesar do investimento, os estudantes garantem que fazer o MBA fora do Brasil vale a pena. O Jornalista João Debiasi gostou tanto que fez dois, na Espanha, em Política Aplicada e em Comunicação e Gestão Política.
"Para um deles recebi uma bolsa completa por meio de um intercâmbio entre a instituição para qual eu prestava serviço e o governo da Espanha. O outro, aproveitando que já estava lá e não havia choque de horários, meus pais me financiaram e deram uma grande ajuda", explica Debiase.
Ele, que ficou um ano no estrangeiro, também cursou um terceiro MBA no Brasil. Com conhecimento de causa ele diz que, pesando os gastos e o conhecimento adquirido, os cursos no exterior compensaram bastante.
Além da qualidade do ensino, viver em outro país traz uma rica experiência. "O aprendizado acadêmico em uma universidade renomada, somado à vivência local que estou tendo, me darão um grande diferencial no mercado, além de acreditar que aprenderei muito nesse momento de retomada da crise financeira aqui nos EUA", afirma Patricia Lumy.
Patrica, que gastou R$ 24.300 com o curso, economizou durante três anos para juntar esse valor. Contando com estadia, alimentação e curso, ela pretende gastar em torno de R$ 40.000.
Para Felipe Trigo, a vantagem é que as escolas de lá oferecem cursos de MBA há muito mais tempo que nós, o que contribui para sua qualidade e seu "know-how".
E quem não quer ter amigos e contatos de negócios no mundo inteiro? Bruno Seixas, da STB, lembra que no mundo globalizado de hoje, ter uma rede de relacionamentos internacional muito contribui para a vida profissional.
"Estudar fora também te dá acesso a técnicas e conhecimentos dos tipos mais variados. Em vez de estudar somente a situação brasileira, você amplia o aprendizado", completa.
Pré-requisito
Muitos interessados em cursar o MBA no exterior chegam à agência de viagem de Felipe Trigo, mas acabam voltando para casa, já que não se enquadram nas exigências.
"A pessoa acha que é mais fácil do que realmente é. Vem com o interesse, mas quando sabe dos requisitos, vê que vai demorar algum tempo para se encaixar. Aí ou desiste ou espera outra oportunidade. Leva mais de um ano para se preparar", conta Felipe Trigo.
Antes de fazer a matrícula, é preciso ter o domínio completo do idioma do destino escolhido. As Instituições mais conhecidas costumam exigir fluência e diploma TOELF ou IELTS.
"Os programas são puxados, o conteúdo é grande e requer um conhecimento muito específico. O aluno precisa ter um vocabulário muito grande, precisa fazer apresentações orais e escrever muitos textos", afirma Bruno Seixas.
FONTE: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/quer-fazer-um-mba-por-que-nao-estudar-fora-do-pais/41905/
"A queda do dólar favoreceu minha decisão, pois o valor dos programas no Brasil x EUA se equipararam", lembra Patricia, que é formada em turismo.
Esse é o local preferido dos brasileiros para fazer um MBA, segundo o gerente de Higher Education da agência de intercâmbio STB, Bruno Seixas. Para ele, a grande procura se deve justamente à divulgação do país como um destino de negócios.
Na agência Friends in the World, a tradição e a qualidade de suas Instituições fazem com que a Inglaterra também seja muito popular, ao lado dos EUA. Na opinião do sócio-diretor Felipe Trigo, as escolas dos dois países ainda são as melhores do mundo.
Os cursos favoritos são os da área de gestão, como finanças e marketing. Também se destacam os que envolvem Engenharia e Direito.
Cada vez mais pessoas investem na sua educação com o MBA no estrangeiro. Na STB, o número de estudantes que embarcaram em 2010 foi 40% maior que em 2009.
Para quem está pensando em viajar, prepare o seu bolso. Uma temporada de até dois anos no exterior, duração que costumam ter os cursos de gestão nos EUA, gira em torno de trinta mil dólares, considerando somente o MBA.
Uma opção mais em conta é o Canadá, onde o período de estudo também na área de gestão é mais curto, em torno de um ano, e pode custar 12 mil dólares.
Custo x benefício compensa
Apesar do investimento, os estudantes garantem que fazer o MBA fora do Brasil vale a pena. O Jornalista João Debiasi gostou tanto que fez dois, na Espanha, em Política Aplicada e em Comunicação e Gestão Política.
"Para um deles recebi uma bolsa completa por meio de um intercâmbio entre a instituição para qual eu prestava serviço e o governo da Espanha. O outro, aproveitando que já estava lá e não havia choque de horários, meus pais me financiaram e deram uma grande ajuda", explica Debiase.
Ele, que ficou um ano no estrangeiro, também cursou um terceiro MBA no Brasil. Com conhecimento de causa ele diz que, pesando os gastos e o conhecimento adquirido, os cursos no exterior compensaram bastante.
Além da qualidade do ensino, viver em outro país traz uma rica experiência. "O aprendizado acadêmico em uma universidade renomada, somado à vivência local que estou tendo, me darão um grande diferencial no mercado, além de acreditar que aprenderei muito nesse momento de retomada da crise financeira aqui nos EUA", afirma Patricia Lumy.
Patrica, que gastou R$ 24.300 com o curso, economizou durante três anos para juntar esse valor. Contando com estadia, alimentação e curso, ela pretende gastar em torno de R$ 40.000.
Para Felipe Trigo, a vantagem é que as escolas de lá oferecem cursos de MBA há muito mais tempo que nós, o que contribui para sua qualidade e seu "know-how".
E quem não quer ter amigos e contatos de negócios no mundo inteiro? Bruno Seixas, da STB, lembra que no mundo globalizado de hoje, ter uma rede de relacionamentos internacional muito contribui para a vida profissional.
"Estudar fora também te dá acesso a técnicas e conhecimentos dos tipos mais variados. Em vez de estudar somente a situação brasileira, você amplia o aprendizado", completa.
Pré-requisito
Muitos interessados em cursar o MBA no exterior chegam à agência de viagem de Felipe Trigo, mas acabam voltando para casa, já que não se enquadram nas exigências.
"A pessoa acha que é mais fácil do que realmente é. Vem com o interesse, mas quando sabe dos requisitos, vê que vai demorar algum tempo para se encaixar. Aí ou desiste ou espera outra oportunidade. Leva mais de um ano para se preparar", conta Felipe Trigo.
Antes de fazer a matrícula, é preciso ter o domínio completo do idioma do destino escolhido. As Instituições mais conhecidas costumam exigir fluência e diploma TOELF ou IELTS.
"Os programas são puxados, o conteúdo é grande e requer um conhecimento muito específico. O aluno precisa ter um vocabulário muito grande, precisa fazer apresentações orais e escrever muitos textos", afirma Bruno Seixas.
FONTE: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/quer-fazer-um-mba-por-que-nao-estudar-fora-do-pais/41905/
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