por Daniela Lessa
As empresas familiares brasileiras vivem um momento promissor e tendem a crescer, acompanhando o momento econômico nacional. No entanto, para conquistarem e se manterem em posições consistentes no mercado, precisam estar preparadas. Um dos aspectos que exige maior atenção, segundo a percepção das companhias, é a área de Recursos Humanos. A informação resulta da pesquisa realizada pela consultoria PriceWaterhouseCoopers (PwC), entrevistando 1.600 empresas familiares em todo o mundo, entre as quais se encontram 100 brasileiras.
No âmbito nacional, embora 85% das companhias acreditem que o mercado estará melhor para seus produtos e serviços nos próximos meses, o recrutamento de mão de obra qualificada é apontado por 63% delas como fator interno com maior potencial para reduzir as possibilidades de sucesso das empresas. Para 45% das entrevistadas, o fator interno de maior risco é a reorganização da companhia. Essas preocupações dos gestores são observadas também no direcionamento que dão aos investimentos: 94% das companhias pretendem investir prioritariamente na área de RH e 82% na estrutura de governança.
Na seara das estratégias de retenção dos talentos, o estudo da PwC revela que os principais mecanismos adotados nas companhias familiares brasileiras são oportunidades de trabalho desafiadoras (85%), considerações salariais (82%), progresso na carreira (74%), boas técnicas de gerenciamento (74%) e equilíbrio entre vida profissional e familiar (69%).
O incentivo mais utilizado para motivar os gestores é bônus anual, aplicado em 55% delas, seguido do bônus por rendimento aplicado em 20%. Tais medidas resultaram em efeitos positivos para companhia na opinião de 88,2% dos entrevistados no Brasil.
As atitudes em prol da qualidade da gestão é considerada um aspecto importante para as companhias e demonstra a maturidade das empresas, na opinião do sócio da PwC, Carlos Mendonça, especialista em negócios familiares. Ele afirma que um dos destaques positivos da pesquisa foi a descoberta que mais da metade das empresas familiares brasileiras tem planos estratégicos definidos. Outro fator admitido como positivo é fato de que 53% delas terem planos de sucessão, algumas contemplando, inclusive, a possibilidade de que nenhum membro da família controladora assuma cargos diretivos.
O consultor ressalta, inclusive, que a sucessão é um dos aspectos de maior risco para as companhias familiares e que a boa gestão desse processo pode ser o diferencial do sucesso ao longo do tempo. Ele afirma que, seguindo a lógica do desenvolvimento natural das corporações, “as pequenas e médias empresas familiares de hoje serão os grandes conglomerados do futuro”, mas alerta que, para que essa profecia se cumpra, é necessário a adoção de procedimentos profissionais em todo o processo de gestão das companhias familiares para evitar que sucumbam ante possíveis conflitos entre parentes.
Investimentos prioritários
Segundo a pesquisa da PwC as empresas familiares brasileiras vão investir prioritariamente nas seguintes áreas nos próximos 12 meses (em %):
Financeira: 49
Recursos humanos: 94
Infraestrutura de TI: 67
Marketing: 74
Atividades de negócios: 79
Transporte e logística: 51
Estrutura de governança: 82
Operações via internet: 44
Manufatura: 49
Procurement: 57
Pesquisa e desenvolvimento: 59
Cadeia de suplementos/CRM: 56
Desenvolvimento de negócios no mercado internacional: 36
Outros: 9
Nenhum: 1
FONTE: http://www.canalrh.com.br/Mundos/pesquisas_artigo.asp?ace_news={7ABE218E-A508-4E45-9F41-010325958489}&o={1DEA5308-ADC5-4580-9322-EAD034D34751}&sp=WJ.JRx1P;S9KLM4.NpWU.JTT7P;MSy@@IB0
FONTE: http://www.canalrh.com.br/Mundos/pesquisas_artigo.asp?ace_news={7ABE218E-A508-4E45-9F41-010325958489}&o={1DEA5308-ADC5-4580-9322-EAD034D34751}&sp=WJ.JRx1P;S9KLM4.NpWU.JTT7P;MSy@@IB0
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